A História do Motion Graphics

A Historia do Motion Graphics
StarWars motion graphics

Foto de 1980 mostra a produção dos famosos títulos iniciais da série Star Wars. Esse era o nível de dificuldade enfrentado pelos artistas antes da computação gráfica!

motion graphics (em português videografismo) é sem dúvida uma das tendências mais promissoras e interessantes da produção audiovisual em todo mundo. Famoso por explicar com eficácia conceitos e ideias, desde mapas e diagramas até planos de negócio inteiros, a técnica é capaz de gerar grande impacto visual e, em geral, representa uma opção financeiramente mais vantajosa do que outras alternativas de produção.

motion graphics — também chamado motion design — é, como o nome diz, gráfico em movimento no espaço da tela e no tempo. Diferentemente das animações tradicionais, que remontam ao desenho quadro a quadro 2D da Disney, o motion graphics usa prioritariamente formas geométricas, ícones, textos e ilustrações – e, para animação, ao invés dos milhares de desenhos, são feitas marcações em pontos, contornos ou objetos inteiros, para que se movam na tela ao longo de um intervalo: os famosos keyframes.

Conforme o caso, é possível atingir o mesmo resultado com animação 2D tradicional ou motion graphics, mas algumas situações são largamente mais produtivas com uma técnica ou outra. Como não poderia deixar de ser, intercessões entre as técnicas, e também com o 3D, em uma mesma cena, costumam representar o ponto ideal entre resultado e produtividade.

O motion graphics atualmente é feito em softwares como Cinema 4D, After Effects e outros programas moderníssimos, com ampla variedade de resultados e utilizações, porém as primeiras experiências de design em movimento remontam a uma época em que as pessoas sequer sonhavam com a computação ou a internet, muito menos softwares de edição. Ficou curioso para saber mais sobre a História do Motion Graphics e como ele evoluiu? Então dê uma espiadinha nesta nossa postagem mais do que especial!

video marketingAs origens do motion graphics



O francês Georges Méliès, que praticamente nasceu junto com o cinema no final do século XIX, já usava algumas técnicas de stop motion, que mais tarde influenciariam no surgimento do motion graphics. A partir de Méliès, diversos artistas e profissionais procuraram, com todo esforço, criar gráficos em movimento, muitas vezes de maneira heróica.

Ao lado de Méliès, o animador inglês Norman McLaren e o designer gráfico nova-iorquino Saul Bass, criador dos créditos iniciais de clássicos como PsicoseUm Corpo que Cai e O Pecado Mora ao Lado, são considerados algumas das principais referências dos primórdios do motion graphics.

video marketingO motion graphics e a televisão



Hoje elas podem parecer cafonas, mas as vinhetas da Rede Globo, acima, criadas pelo designer alemão Hans Donner nas décadas de 1970 e 1980, foram, durante muito tempo, alguns dos trabalhos de motion graphics mais relevantes não só no Brasil como no mundo.



Em uma época em que computadores eram exclusividade de grandes empresas, emissoras como a norte-americana CNN também ajudaram a desbravar a computação gráfica, com intensa produção de vinhetas de impacto, possibilitando rápido desenvolvimento dos equipamentos e das técnicas próprias do videografismo.



Mas o verdadeiro marco do motion graphics na telinha foi o nascimento da Music Television (MTV), no final da década de 70 nos EUA e em 1990 no Brasil. O canal ficou famoso por suas vinhetas pra lá de originais, e vários produtores independentes puderam mostrar seu trabalho de design em movimento ao redor do mundo. Entre um programa e outro, entravam pequenas animações enviadas por freelancers que normalmente brincavam com o logotipo da emissora. Com efeito, a marca tornou-se referência em liberdade, juventude e modernidade.

video marketingO motion graphics e a internet



Mesmo antes de softwares como After Effects se tornarem padrão no mercado, alguns animadores já usavam programas como o Flash (à época pertencente à extinta Macromedia) para produzir animações incríveis. Um vídeo clássico dos anos 2000, em uma era pré-YouTube, foi o divertido Xiao Xiao (acima), que mostra uma sangrenta batalha de bonequinhos. O estilo infantil de desenho é contraposto por uma animação fluida e profissional, dando ares divertidíssimos!



Não só empresas vêm adotando motion graphics, mas também canais de entretenimento do YouTube, como o brasileiro Nerdologia (acima) ou o americano Crash Course, canais de jornalismo, como este vídeo da Folha de S. Paulo, ou mesmo produtores independentes, como Jonathan Jarvis, que fez sucesso na internet com seu vídeo que explica a crise de crédito de 2008 nos Estados Unidos.

Em 2006 a campanha Got Milk?, da California Milk Processor, foi usada em um premiado game on-line que misturava animações 3D e motion graphics para contar a história de uma família de fugitivos fanáticos por leite. A campanha foi responsável por levar a qualidade das produções web com motion e 3D para um novo patamar.

video marketingO motion graphics e a publicidade

Com a popularização do motion graphics na televisão e na internet, foi apenas questão de tempo até que agências de publicidade também começassem a usar a técnica no trabalho prestado para seus clientes. Neste caso, as agências de publicidade muitas vezes ficam responsáveis pela produção dos roteiros dos VTs, enquanto a criação do videografismo propriamente dito em geral fica nas mãos de estúdios e produtoras especializadas no assunto.

O surgimento dos painéis digitais conectados à internet, em aeroportos e elevadores foi outro fator importante para a popularização do motion graphics na publicidade. Esse novo formato, além de diminuir o custo dos anúncios, chama muito mais atenção e dá o recado de maneira mais efetiva.

video marketingMotion graphics usado em gravações reais e com técnicas 3D



Uma tendência também significativa do motion graphics é inserir elementos visuais em gravações, gerando um efeito com cara de filme de Hollywood. O comercial acima, produzido pela Riff Raff, é um bom exemplo de combinação entre técnicas de 3D e 2D com motion graphics.

video marketingMotion graphics no cinema



Como já dissemos, as vinhetas para início e final de filmes estão nos primórdios do videografismo e são praticamente obrigatórias nos filmes de Hollywood. É interessante ver na sequência acima, de filmes do James Bons de 1962 a 2006, a evolução tecnológica deste recurso.



Um clássico da década de 2000, considerado por muitos o melhor filme do aclamado diretor Richard Linklater, é Waking Life. A direção de arte foi assinada pelo mago da computação gráfica, Bob Sabiston, estrela do motion graphics da era MTV. Este filme atingiu a incrível marca de 250 horas de trabalho na pós-produção, para cada minuto de filme. Boa parte do que você vê é fruto de rotoscopia manual, com uso de um software especialmente criado por Sabiston para a produção.



O filme Valsa com Bashir (2008), ganhador de inúmeros prêmios internacionais, conta a história dos crimes de guerra cometidos pelas forças israelenses no Líbano em 1982. Pasmem, um filme de alto padrão… feito praticamente inteiro no Flash e no After Effects, comprovante a versatilidade e utilidade desses softwares! Ao contrário de Waking Life, Valsa com Bashir contou com equipe bastante reduzida (8 animadores e um profissional de After Effects) e precisou fazer escolhas que otimizassem o tempo, já que o orçamento foi limitado. Não obstante, o filme está na lista dos melhores filmes da década de 2000, um dos melhores de animação de todos os tempos!



Mais recentemente, com o uso de 3D, gravações e motion graphics, a partir da colaboração de centenas de profissionais, cenas épicas são feitas com motion graphics, como esta incrível vinheta acima, feita para o filme Watchman (2009).

video marketingVideo Marketing e a ascensão do Flat Design



Com a popularização da banda larga e um número cada vez maior de pessoas usando a internet, criar conteúdo em vídeo tornou-se imprescindível para empresas de todos os portes, pelo grande resultado em todo funil de vendas. O vídeo acima, produzido por nós da Matilde Filmes, é um bom exemplo de video marketing, ou seja, uso de uma técnica que valoriza a exposição de ideias de maneira clara e um processo de produção otimizado. Fizemos uma postagem apenas sobre este tema, que você confere aqui, e veja muitos outros exemplos de video marketing aqui.

Um fator que potencializa a tendência é o mercado estar saindo de um modelo de vídeos eventuais e caros, para um modelo de vídeos periódicos ou em pacotes – o que exige custos e prazos racionais. Nesse contexto, o motion graphics emerge como uma das técnicas preferenciais, independente se a empresa vai fazer o primeiro vídeo institucional, um vídeo explicativo, vídeos educativos, vídeos para marketing de conteúdo, ou outro formato.

A realidade é que quem não faz vídeo está correndo sério risco de ser engolido pela revolução em andamento no mundo do marketing, veja mais detalhes sobre o assunto neste e-book.

video marketingMercado globalizado



Um efeito ainda incipiente da ascensão do motion graphics e que, na nossa visão, irá transformar o mercado brasileiro nos próximos anos, é a globalização da produção. O vídeo acima, que fizemos para uma empresa de Angola, é a ponta do iceberg. (Caso esteja se perguntando, eles assistem às novelas brasileiras em Angola e é bem visto material falado em português brasileiro.)

Internamente no Brasil, nós da Matilde Filmes somos grande exemplo, e em boa parte pioneiros, na integração nacional do mercado de produção de vídeo, com clientes, parceiros e fornecedores espalhados em todo país. Boa parte desse processo foi facilitado pelo motion graphics, que quase sempre não requer presença física para realização do serviço. O fato de projetos inteiros passarem a não precisar de gravações abriu espaço para que a cultura do mercado mudasse e, com todos os processos alinhados dessa forma, mesmo quando é necessário gravar, ficou claro que o deslocamento do diretor de uma cidade para outra é um custo marginal.

Enfim, a próxima etapa será a integração do Brasil na cadeia de produção internacional. Países mais dinâmicos, principalmente aqueles de língua inglesa, já estão em estágios avançados de integração no mercado de vídeo. Produtoras de vídeo renomadas do Vale do Silício e de Los Angeles já trabalham internacionalmente e será uma questão de tempo até essa tendência chegar ao Brasil. Produtoras de vídeo brasileiras, famosas por sua criatividade, terão cada vez mais acesso a clientes internacionais. Ao mesmo tempo, veremos a chegada de concorrentes externos, muitas vezes com alta qualidade, outras tantas com custo inferior.

Nós, da Matilde Filmes, vibramos com esse tipo de evolução e aguardamos ansiosos para fazer parte da mudança! Acreditamos que o caminho para o sucesso é ver as mudanças e mudar com elas!

E você, conhece outros exemplos de motion graphics? Comente aqui e nos conte! E se você gostou do que leu, aproveite para compartilhar o conteúdo com seus amigos, curtir nossa página no Facebook e seguir nosso perfil no Twitter! Assim você não perde nossos próximos artigos incríveis!

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Dário Estevão
Dário Estevão
7 anos atrás

Show de bola esse artigo. Parabéns Matilde Filmes pelo material disponibilizado neste blog. Coisa de primeira.

Viktor Waewell
7 anos atrás

Também adoro este artigo!

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